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13 Razões para sentires fome constantemente

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Sentes fome constantemente? Mesmo depois de terminares uma refeição?
Isso pode ser sinal de:
  • carências nutricionais;
  • stress;
  • má higiene do sono;
  • alterações hormonais.
Comer proteína e fibra suficientes, uma boa hidratação e uma boa higiene do sono, podem ajudar a reduzir esta constante fome.

A fome, é uma sensação fisiológica que sentimos quando o nosso corpo nos dá sinais de que precisa de mais comida.

Quando estamos com fome, o nosso estômago pode fazer barulho e dar-nos a sensação de estar vazio. Podemos sentir dor de cabeça, irritação ou falta de concentração.

Vamos assim, falar sobre 13 razões para sentires fome constantemente:

1. Não ingerir proteína suficiente

A proteína tem propriedades inerentes que, através da regulação hormonal, regulam o nosso apetite – reduz a hormona que indica ao nosso organismo a fome.

Assim, a ingestão de proteína suficiente, é essencial para controlar o apetite. Devemos incluir uma fonte de proteína em cada refeição, para ajudar a equilibrar a nossa fome fisiológica.

Onde encontrar a proteína?

  • Produtos animais (como carne, aves, peixe e ovos),
  • Produtos lácteos (como leite e iogurte),
  • Alimentos à base de plantas (como legumes, nozes, sementes e cereais integrais).

2. Não dormir o suficiente

Uma higiene do sono adequada é fulcral na nossa saúde. O sono, tem um papel fundamental no bom funcionamento do nosso cérebro e sistema imunitário. A verdade é que a privação de sono está associada a um maior risco de doenças cardíacas e até mesmo cancro.

Contudo, a qualidade do sono, é um grande fator no equilíbrio do apetite. Isto acontece porque o sono ajuda a regular uma hormona: a grelina. E esta é conhecida pela hormona da fome e quando está elevada, a nossa fome é maior.

Quando estamos em privação de sono, esta hormona aumenta no nosso sistema. Assim, percebemos o quão importante é dormirmos o número de horas suficientes, perante o equilíbrio da nossa fome.

3. A alimentação está baixa em gorduras

A digestão de gorduras no nosso organismo, é mais demorada. Portanto, os alimentos permanecem mais tempo no nosso estômago. Adicionalmente, a ingestão de gorduras liberta no nosso organismo hormonas que promovem a saciedade.

Assim, percebemos que a gordura tem um papel muito importante no equilíbrio da saciedade. Quando a nossa dieta é baixa em gorduras, é provável sentirmos mais fome, mais vezes.

Existem muitos alimentos, ricos em nutrientes e em gorduras, que podemos incluir na nossa alimentação:

  • Óleo de coco;
  • Alimentos com ômega 3 (salmão, atum, sardinhas, nozes e linhaça);
  • Abacate;
  • Azeite;
  • Ovos;
  • Iogurtes.

4. Não beber água suficiente

A verdade é que uma boa ingestão de água é importante para a nossa saúde no geral. Contudo, também desempenha um papel muito importante na nossa saciedade.

Existem dois pontos em que a agua é uma aliada muito importante:

  • beber água antes das refeições, ajuda a reduzir o apetite antes das refeições;
  • por vezes, confundimos sede com fome.

Vou elaborar o ultimo ponto por ser uma situação comum e desconhecida. É muito fácil para as pessoas confundirem a sede com fome. E por vezes, quando estamos sempre com fome, nem pensamos que pode ser o nosso organismo a pedir hidratação! Por vezes, ao invés de comer, se bebermos, sentimos saciedade!

5. Alimentação baixa em fibras

O consumo de alimentos com um alto teor de fibras, é fundamental no equilíbrio da fome. E isto acontece porque:

  • o processo digestivo destas, é mais demorado;
  • é estimulada a libertação de hormonas que trazem saciedade;
  • são produzidas cadeias de ácidos gordos, que promovem a saciedade.

Alimentos com um alto teor de fibra:

  • papas de aveia;
  • linhaça;
  • batata doce;
  • laranjas;
  • couves de Bruxelas.

6. Comer em piloto automático

No ritmo intenso que vivemos, é muito comum fazermos as refeições, completamente distraídos e em desconexão dos alimentos. Se nos perguntarem o que almoçamos no final de um dia, a probabilidade de não haver uma memória clara, é grande.

O comer em piloto automático está associado a um aumento da fome, aumento da ingestão de calorias e aumento de peso. E isto acontece porque não estamos conscientes do que estamos a consumir. O que, por sua vez, vai impedir o nosso corpo e o nosso de reconhecer os sinais de saciedade de forma eficiente.

O nosso maior aliado? O mindfulness – neste caso, comer em mindfulness. Quando estamos a comer, devemos apenas comer, não divagar para outras atividades. Isto é uma forma de comer de forma automática, enquanto estamos distraídos com algo.

7. Atividade física intensa

É Sabido que a pratica frequente de exercício físico, promove o queimar de calorias. E isto é particularmente real em pessoas que praticam exercício de alta intensidade, ou atividades físicas de longa duração.

Estas pessoas, têm um metabolismo mais acelerado, que lhes permite queimar mais calorias. O que pode significar um maior apetite ao longo do dia.

Quem está nesta situação, pode evitar isto, reduzindo a intensidade dos treinos, ou comendo mais para trazer mais combustível para os treinos. E ajuda muito o aumento de alimentos que tenham:

  • alto teor em fibra;
  • proteína;
  • gorduras saudáveis.

É importante ressalvar que isto apenas se aplica a atletas de alta performance e que treinar de forma regular e intensa (ou durante longos períodos de tempo).

Mas, para quem pratica exercício de forma regular, mas moderada, provavelmente não há necessidade de aumentar a ingestão calórica.

8. Um alto consumo de álcool

O álcool é bem conhecido por estimular apetite. Isto acontece porque o consumo de álcool, inibe uma hormona  – a leptina – que tem como função a redução do apetite.

Por conseguinte, com um aumento de ingestão de álcool, a nossa fome também vai aumentar.

Para além disso, o álcool também interfere com a parte do nosso cérebro que controla o nosso autocontrolo e bom senso. Assim, mesmo que não sintas fome, podes acabar por comer, apenas porque sim.

O consumo de álcool, deve ser moderado ou evitado.

9. Beber calorias

Como é que se bebe calorias e porque é que isso é um fator?

Quando bebemos muitos batidos, sumos de frutas, batidos que substituem refeições, sopas (entre outros), por vezes acabamos com ainda mais fome do que com alimentos sólidos.

Porquê?

  • tudo o que é líquido é digerido no nosso estomago muito mais rápido do que sólidos;
  • os líquidos não têm tanto impacto na supressão das hormonas da fome;
  • beber líquidos é um processo muito mais rápido do que mastigar sólidos e isto pode não dar tempo suficiente ao nosso cérebro para processar os sinais de saciedade;
  • quando liquidificamos os alimentos, estamos a quebrar a fibra destes – já vimos que a fibra promove a saciedade.

10. Stress intenso

Já todos o sentimos em algum momento das nossas vidas: quando estamos muito stressados, a nossa vontade de comer, aumenta de forma desmedida.

Isto acontece porque o stress estimula a os níveis de cortisol no nosso corpo. E esta hormona está associada a um aumento de fome e desejos.

Adotar estratégias que nos permitam reduzir os níveis de stress, são muito importantes no equilíbrio da nossa fome. Podemos:

  • adotar práticas de mindfulness;
  • exercício físico;
  • exercícios respiratórios (a respiração diafragmática, por exemplo).

11. Algumas medicações

Existem vários medicamentos que aumentam o apetite, como efeito secundário. Tais como:

  • antipsicóticos (por exemplo: clozapina e a olanzapina);
  • antidepressivos;
  • estabilizadores de humor;
  • corticosteroides;
  • medicamentos anticonvulsivos;
  • medicação para controlo da diabetes.

Em caso de suspeita de que a medicação nos está a causar um desequilíbrio nos sinais de fome, devemos falar com o nosso médico sobre outras opções de tratamento.

12. Comer depressa demais

A velocidade com que comemos, pode ser proporcional à fome que vamos ter: quanto mais depressa, mais fome provavelmente iremos ter.

Existem técnicas, de mindful eating (comer em mindfulness), que nos ajudam a abrandar ritmo a que comemos, permitindo ao nosso corpo processar os sinais de saciedade e como consequência, regular a nossa fome.

As técnicas:
  • respirar fundo antes de iniciar uma refeição;
  • pousar os talheres enquanto mastigamos;
  • aumentar a extensão com que mastigas a comida.

13. Condições médicas

Uma fome regular, por vezes pode ser indicador de doenças, tais como:

  • Diabetes;
  • Hipertiroidismo;
  • Hipoglicémia.

Ou de condições, tais como:

  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • TPM – tensão pré-menstrual.

Se houver suspeita de algumas destas condições, é muito importante falar com um médico.

Conclusão

Sem dúvida de que a fome excessiva é um sinal de que o corpo precisa de mais comida, geralmente causada por hormônios desequilibrados da fome devido a uma dieta inadequada e hábitos de vida pouco saudáveis.

Além disso, certos medicamentos e doenças também podem causar fome frequente. É importante avaliar a dieta e o estilo de vida para determinar se é possível fazer mudanças para se sentir mais satisfeito.

Finalmente, a prática de comer conscientemente pode ajudar a minimizar distrações e aumentar a consciência da sensação de saciedade.

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