Se já fizeste muitas dietas e sofres de compulsão alimentar, provavelmente já percebeste que a fome que sentes nem sempre é apenas física. Às vezes, mesmo quando acabaste de comer uma refeição completa, sentes uma vontade incontrolável de comer mais. É como se algo estivesse a puxar-te para a comida, mesmo que não sintas fome. Esse é um sinal claro de que estás a comer por emoção.
A boa notícia é que há muitas coisas que podes fazer para parar de comer por emoção. Neste guia completo, vamos analisar as causas da fome emocional, explicar a diferença entre fome física e fome emocional, falar sobre por que as pessoas escolhem comida para aliviar as emoções, e dar-te dicas práticas para ajudar a controlar a fome emocional. Vamos começar!
1. O que causa alguém a comer por causa das emoções
A fome emocional ocorre quando utilizas a comida como uma forma de lidar com emoções difíceis. Podes sentir-te triste, ansiosa, zangada, frustrada ou até mesmo entediada e recorrer à comida para te sentires melhor. Isso acontece porque a comida é uma forma rápida e fácil de obter prazer e conforto temporários. A comida também pode ser uma forma de distração, permitindo que te afastes dos teus problemas e preocupações.
2. Fome emocional é um distúrbio alimentar?
A fome emocional não é um distúrbio alimentar oficialmente reconhecido, mas pode levar a problemas de saúde se não for tratada adequadamente. O excesso de comida pode levar ao ganho de peso e problemas relacionados e também pode afectar a tua saúde emocional, aumentando os teus sentimentos de vergonha e culpa, e pode fazer-te sentir fora de controle em relação à tua alimentação.
3. Diferença entre fome física e fome emocional
Uma das principais diferenças entre a fome física e a fome emocional é o tempo que leva para aparecer. A fome física é uma sensação gradual que aparece algumas horas após a última refeição. Podes sentir a tua barriga roncando ou uma sensação de vazio no estômago. A fome emocional, por outro lado, aparece de repente e geralmente não está localizada na área do estômago. Podes sentir uma vontade incontrolável de comer um alimento específico, mesmo que tenhas acabado de comer uma refeição completa.
4. Por que as pessoas escolhem comida para aliviar as emoções?
A comida pode proporcionar conforto e alívio imediato das emoções negativas, como estresse, tristeza e ansiedade. Isso ocorre porque os alimentos ativam o sistema de recompensa do cérebro, que libera dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar. No entanto, esse alívio é temporário e pode levar a um ciclo vicioso de comer emocionalmente, pois as emoções negativas voltam e a pessoa busca novamente o conforto da comida.
Além disso, a comida também pode ser usada como uma distração das emoções desconfortáveis, como uma forma de evitar lidar com os problemas ou sentimentos que estão por trás da compulsão alimentar. A comida pode se tornar uma forma de lidar com a ansiedade social, o tédio, a solidão e outras emoções difíceis.
5. Como saber se comes de forma emocional?
Algumas dicas que podem ajudar a identificar se estás a comer por emoção incluem:
- Comer quando não estás fisicamente com fome, mas sim por estares estressada, ansiosa, chateada ou entediada;
- Ter vontade de comer alimentos específicos para te sentires melhor, em vez de escolher alimentos pela sua nutrição ou sabor;
- Sentires-te impotente ou fora de controlo em relação à comida;
- Sentires-te culpada ou envergonhada depois de comer emocionalmente.
Se te identificas com estes sinais, é provável que estejas a lidar com a fome emocional.
6. Como parar a fome emocional
Agora que já sabes reconhecer a fome emocional e entendes as suas causas, é hora de aprender como pará-la. Embora possa parecer difícil, há estratégias eficazes para superar a compulsão alimentar e a fome emocional.
6.1. Prática da alimentação consciente
A prática da alimentação consciente é uma abordagem que se concentra em prestar atenção ao corpo e às sensações alimentares durante as refeições. Ao praticar a alimentação consciente, a pessoa aprende a identificar os sinais de fome e saciedade, assim como a lidar com as emoções que podem levar a comer em excesso.
Algumas dicas para praticar a alimentação consciente incluem: comer devagar, saborear cada mordida, prestar atenção ao aroma, textura e sabor dos alimentos e parar de comer assim que sentir satisfeita.
6.2. Auto-cuidado
Uma das principais causas da fome emocional é a falta de auto-cuidado. É fundamental estabelecer uma rotina que inclua cuidados pessoais, tais como dormir o suficiente, praticar atividade física, gerir o stress e reservar tempo para hobbies e atividades prazerosas.
6.3. Identificar as emoções e lidar com elas
Aprender a identificar e lidar com as emoções que levam à fome emocional é um passo importante para superar este problema. Algumas estratégias que podem ajudar incluem escrever num diário para expressar os sentimentos, praticar a meditação ou a yoga, e procurar ajuda profissional se necessário.
7. Benefícios da alimentação intuitiva na cura da fome emocional
A alimentação intuitiva é uma abordagem que se concentra em ouvir as necessidades do corpo e fazer escolhas alimentares saudáveis e equilibradas. A alimentação intuitiva pode ser uma excelente maneira de lidar com a fome emocional e a compulsão alimentar.
Ao seguir uma abordagem intuitiva para a alimentação, a pessoa aprende a distinguir a fome física da fome emocional, desenvolve uma relação saudável com a comida, e começa a prestar atenção ao corpo e às suas necessidades. Com o tempo, a alimentação intuitiva pode ajudar a curar a fome emocional e a melhorar a relação com a comida e o corpo.
Conclusão
Comer por emoção pode ser um desafio para muitas pessoas, mas é importante lembrar que não estás sozinha. A compulsão alimentar e a fome emocional afetam muitas pessoas e podem ser superadas com as estratégias certas.
Aprender a identificar as emoções que levam à fome emocional e lidar com elas é um passo importante para superar este problema. A prática da alimentação consciente e o auto-cuidado são também ferramentas valiosas na luta contra a compulsão alimentar e a fome emocional.
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