Tens procurado uma alternativa ao ciclo interminável de dietas do io-iô? Ou até estás a ponderar fazer as pazes com a comida ou até ter uma Alimentação Intuitiva? Até podes ainda nem ter noção mas existe uma «cultura das dietas» que está a atrapalhar completamente o teu processo. Mas então, o que vem a ser esta cultura exactamente?
O que é a cultura das dietas?
Afinal o que é a cultura da dieta, e por que precisas de te livrar dela? Então, deixa-me explicar!
Portanto, a cultura das dietas baseia-se na ideia de que os nossos corpos são valorizados pelo seu tamanho e que ser mais magro é melhor e mais saudável. , nada disso é verídico e já vamos entender porquê.
A cultura das dietas está tão enraizada na nossa sociedade e faz tão parte do nosso dia a dia que abandona-la pode parecer como nadar contra uma maré forte. De facto, é um trabalho duro tentar ignorá-la!
Afinal porque é que é assim? Porque custa tanto negar esta ideia de que magra é que estou bem? Vou explicar tudinho!
Como começou a cultura das dietas?
Nem sempre priorizamos a magreza. Baseado nas primeiras esculturas, um corpo com curvas e voluptuoso foi o ideal há 25.000 anos. E mais tarde, Afrodite, a deusa grega da beleza e do prazer foi carinhosamente retratada em toda a sua glória, incluindo os seus rolinhos naturais de gordura no estômago.
Contudo, a cultura das dietas tem origem há muito tempo. Decerto que o corpo da mulher ideal mudou. Esta cultura vai tecendo a sua teia ao longo da nossa História. Por exemplo, os primeiros livros de dieta (sendo o primeiro em 1864), detalham maneiras absolutamente ridículas sobre como passar fome. Desde só beber álcool a mastigar chiclete para enganar a fome («dica» que já ouvi da boca de alguns profissionais de saúde). Hoje em dia, a cultura das dietas já evoluiu e as maneiras de nos convencer a passar fome são outras.
Na década de 1920, a magreza tornou-se o padrão de beleza à medida que as mulheres procuravam mais independência e liberdade.
A fim de nos fazer sentir inseguras e insatisfeitas, esta cultura faz com que nos sintamos menos do que realmente somos, assim como nos faz acreditar que a resposta para a felicidade é emagrecer. E com isto, a nossa relação com o corpo e a alimentação fica destruída. Eventualmente alguém tem de estar a ganhar com isto, certo? Tem de haver uma justificação. Já vamos descobrir!
Quanto ganha a cultura das dietas?
Se adivinhasses quanto vale a indústria das dietas, qual o palpite?
Milhares de euros, todos os anos?
… milhões de euros, todos os anos?
Esta é a indústria que lucra com produtos de emagrecimento, adelgaçantes, tonificadores, etc etc. Ora cremes redutores, ora suplementos, etc etc.
Quanto achas que é o valor?
Eis a triste notícia: a indústria das dietas está a faturar mais de 70 mil milhões (!!!) todos os anos.
Não é aterrorizador? Especialmente tendo em conta que a grande maioria das dietas falha a longo prazo. Que desperdício de tempo, energia e dinheiro! Como gostaria eu que o dinheiro fosse usado para melhorar a saúde da nossa nação em vez de a prejudicar.
Ainda assim, conhecimento é poder. E quanto mais aprendermos sobre a cultura das dietas, melhor estaremos equipados para a combater e compreender as suas mentiras.
Como podemos combater a cultura das dietas?
A menos que te mudes para o meio do nada, não serás capaz de evitar completamente a cultura das dietas. No entanto, podemos desenvolver ferramentas para a identificar e estabelecer limites pessoais.
É comum as pessoas na sua jornada de fazer as pazes com a comida ou de até mesmo ter uma alimentação intuitiva se revoltarem contra a cultura da dieta.
“Estou farta de passar fome ou de não poder comer! Vou comer este donut! E pizza! Que se lixe!”
E embora a raiva seja uma sensação completamente normal de processar, a questão neste caso, é que as tuas escolhas alimentares ainda são fruto e culpa desta cultura. Inegavelmente, se as tuas escolhas alimentares são concebidas para dar à cultura das dietas o middle finger, não estás a tomar decisões com base no que o teu corpo está a dizer ou a precisar. A princípio, não estás a ser tu a mandar nas tuas escolhas. Assim que ainda é a cultura das dietas a falar.
Com o propósito de lucrar, esta cultura quer manter-te insegura e insatisfeita. Como resultado é mais provável comprares roupa nova, novos suplementos e novos planos de alimentares na esperança de te sentires melhor contigo mesma. Mas, meu bem, a tua autoestima tem de vir de dentro, não de suplementos!
Por onde começar?
Construir limites pessoais permite que esses pensamentos tóxicos não ocupem espaço precioso na tua mente.
Um bom lugar para começar é recolher alguns padrões no teu dia a dia e compreender como te sentes.
Presta atenção no que sentes depois de passares tempo com os teus amigos, familiares e colegas de trabalho habituais. E depois de percorrer as redes sociais ou passar pela Netflix?! Como é que isso te faz sentir em relação ao teu corpo ou à tua capacidade de te alimentares? Se te sentires leve, empoderada e feliz, continua assim! Se há alguém que está a matar as tuas «boas vibrações», faz o que puderes para não seguir, passar menos tempo com ou evitar essa pessoa e/ou conteúdo. Protege a vibração positiva e rodeia-te de pessoas que te querem bem.
Podes ler aqui este artigo, que te vai clarificar noutras maneiras de respeitares os teu corpo e assim combateres esta cultura.
Mudar as tuas próprias expectativas e limites requer prática, erro e mais prática. No início, terás de fazer um esforço consciente para te protegeres. Mas com o tempo, quanto mais se faz o trabalho de ignorar as mensagens da cultura das dietas, mais dura a nossa «armadura fica».
Quanto mais reparas nas manhas da cultura das dietas e mais começas a rejeitar o discurso dela, mais protegida estás à medida que ela aparece no teu dia. Porque vai aparecer, todos os dias, em todo o lado (acredita em mim).
Mas e se vivermos rodeadas desta cultura?
O que fazer se estiveres rodeada da cultura das dietas – amigos, família e redes sociais – e eles não apoiam a tua viagem de alimentação intuitiva e equilíbrio natural? Ou simplesmente não te entendem?
Esta é mais difícil de responder. Mas com a prática, tu vais sentir-te mais confortável e confiante nestas situações. Se sabes que está a chegar uma situação potencialmente tensa, pratica prever o que a outra pessoa pode dizer e como te podes defender. Esta é uma maneira simples mas eficaz de te protegeres e de não seres apanhada desprevenida por sentimentos de culpa, dor ou outros sentimentos negativos. Lembra-te que não deves a ninguém uma explicação de quereres ouvir as tuas necessidades, respeitares o teu corpo e de te livrares das dietas.
Embora não possamos escolher a nossa família ou colegas de trabalho, podemos cultivar a nossa comunidade de amigos. Encorajo-te a passares tempo com as pessoas que respeitam as tuas decisões e que não estejam completamente perdidas na cultura das dietas. Pode ser difícil, eu sei…
Ideias principais:
Então agora compreendamos melhor o que é a cultura das dietas – a ideia completamente falsa de que o teu valor está ligado ao teu peso ou tamanho, que magro é o melhor, mais saudável e que ser gordo é moralmente inferior a ser «normal» ou magro, ou até que a tua saúde depende do teu peso. Não depende, existem inúmeros estudos de qualidade que já demonstram que gordura não é a causa de muitos problemas de saúde a que está associada.
Não podemos evitar completamente a cultura das dietas, mas podemos aprender a estabelecer limites firmes sobre quais as ideias que permitimos que vivem na nossa mente.
Nutrição é importante. Sou formada em nutrição, alimentação e suplementação! É tão importante que eu tenha uma comunidade inteira dedicada a ajudar-te a aprender a fazer as pazes com a comida e a encontrar o verdadeiro equilíbrio natural. Estás convidada a juntar-te à comunidade da newsletter!
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