Durante anos, bati a muitas portas.

Fui a vários nutricionistas, fiz todas as dietas e planos possíveis. Mas todos me
davam maneiras diferentes de me “controlar”, mas ninguém me ensinava a comer
de forma equilibrada, a cuidar de mim sem medo, sem culpa — e sem depender de
mais uma regra. Sentia-me uma falhada.

Acabei por perceber que, se queria mesmo mudar, teria de procurar as respostas
por mim.

A viver no Reino Unido, tive acesso a informação que nunca me tinham dado cá.
Comecei na área das Ciências do Desporto, mas a minha paixão levou-me para o
estudo profundo da nutrição e do comportamento alimentar.

Hoje, de regresso a Portugal, já ajudei centenas de mulheres a reencontrarem paz
com a comida. Fui convidada a escrever um livro, participei em programas de
televisão, rádio e podcasts. E num evento para profissionais de saúde, ouvi algo que
me marcou profundamente: “Tu és a referência em fome emocional em Portugal.”